SOBERANO

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Na zona da degola, São Paulo demite Autuori e acerta com Muricy

Com Tricolor na zona do rebaixamento há 11 rodadas, técnico do Mundial é demitido, e diretoria traz de volta o treinador tricampeão brasileiro


O São Paulo trocou o técnico dos terceiros títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo tricampeão brasileiro. Nesta segunda-feira, a diretoria anunciou a demissão de Paulo Autuori e a contratação de Muricy Ramalho, que inicia seu trabalho na tarde desta terça-feira, no CT.
Os péssimos resultados derrubaram Autuori nesta sua segunda passagem pelo clube. Em 17 jogos, foram dez derrotas, quatro empates e três vitórias, 25% de aproveitamento - rendimento de time rebaixado. Não à toa, o São Paulo ocupa a zona da degola no Brasileirão há 11 rodadas. O histórico vitorioso não foi suficiente para mantê-lo no cargo. Autuori comandou o Tricolor nos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2005, mas não conseguiu fazer o time reagir no Brasileirão. Ironicamente, foi o próprio Muricy quem o substituiu na virada de 2005 para 2006 - na época, Autuori pediu demissão para ir treinar o Kashima Antlers, do Japão.
A decisão da mudança no comando técnico foi tomada em reunião nesta segunda-feira, no Morumbi. Entre a notícia da demissão de Autuori e a contratação de Muricy foram poucos minutos - o técnico demitido pelo Santos em maio já havia falado diversas vezes que aceitaria voltar ao São Paulo tão logo fosse chamado. Muricy, aliás, era o favorito da torcida para substituir Ney Franco em julho, mas a diretoria preferiu Autuori. A mudança de comando agora mostra o arrependimento na aposta.
Contra a Ponte Preta, quinta-feira, no Morumbi, Muricy já deverá comandar a equipe. O jogo é um confronto direto na luta contra o rebaixamento, já que o Tricolor, com 18 pontos, é o 18º colocado, e a Macaca é a 19ª com 15.
Confira a nota publicada pela diretoria do São Paulo no site do clube:
Na tarde desta segunda-feira (09), o São Paulo Futebol Clube decidiu substituir Paulo Autuori, que ocupava o cargo de Treinador da equipe de futebol desde o dia 11 de junho de 2013. Nesse período, Paulo Autuori conquistou a Eusébio Cup ao vencer o SL Benfica em Lisboa - Portugal.
O São Paulo Futebol Clube agradece pelo excelente trabalho realizado por Paulo Autuori e pelos profissionais de sua equipe, que nessa segunda passagem pelo Morumbi somente ratificaram o caráter e a qualificação profissional que os levaram a marcar uma página especial na História do Clube ao conquistar a Copa Libertadores e o Campeonato Mundial de Clubes no ano de 2005.
Para o lugar de Paulo Autuori, o São Paulo Futebol Clube contratou outro nome de peso em sua História, o Tricampeão Brasileiro Muricy Ramalho, que retorna ao clube após 5 anos.
Muricy Ramalho já iniciará seu trabalho no treinamento de amanhã, e dirigirá o time na partida da próxima quinta-feira (12) contra a Ponte Preta, no Estádio do Morumbi.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Autuori deve poupar Ceni e mudar batedor de pênalti pela 3ª vez


Goleiro-artilheiro errou terceiro pênalti seguido

Depois de definir Jadson como batedor de pênalti do São Paulo e, em seguida, devolver o posto a Rogério Ceni, Paulo Autuori deve novamente mudar. O goleiro-artilheiro errou a terceira cobrança consecutiva na quinta-feira, na derrota por 2 a 1 para o Criciúma, e será poupado pelo treinador da responsabilidade.

"Quando começa a ficar com um fantasma, é preciso ter uma situação diferente. Foi assim depois do lance contra a Portuguesa. Vamos ver", disse Autuori, justificando ter redefinido Ceni por conta de seu aproveitamento nos trabalhos aos quais a imprensa não têm acesso.

A volta de Ceni às cobranças de pênalti gerou dúvida se ele realmente havia sido o batedor escolhido antes da partida, já que Aloísio agarrou a bola e se preparou para a cobrança tão logo foi derrubado dentro da área. Luis Fabiano também pediu para bater, mas não foi ouvido pelo outro centroavante, que só se retirou ao ver o capitão correr para a área.

Antes de atravessar o gramado, no entanto, Ceni fez um sinal em direção ao banco de reservas, como se estivesse pedindo autorização a Autuori. Ele próprio disse, ao final do jogo, ter solicitado autorização do comandante. Aloísio, por sua vez, reforçou a declaração do goleiro ao negar que houvesse alguma decisão prévia da comissão técnica.

"Ele (Ceni) demorou para ir, mas as coisas estavam definidas", jurou Autuori, em meio ao ruído na comunicação entre ele e os atletas. "Temos situações de tudo quanto é bola parada defensiva e ofensiva. Deixo isso muito claro. O batedor era o Rogério, pelo rendimento que ele normalmente tem nos treinamentos. Só que a fase está difícil".

Não é possível saber o aproveitamento de Ceni porque o goleiro ensaia nos dias em que os treinos não são liberados para a imprensa, segundo Autuori. O que se sabe é que, com os erros contra Bayern de Munique (em 31 de julho), Portuguesa (em 11 de agosto) e Criciúma (nesta quinta-feira), o goleiro-artilheiro chegou ao número de 19 pênaltis perdidos na carreira.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Aloísio elogia empenho do São Paulo: "Se não dá na técnica, vai na raça"


Autor do gol do São Paulo na vitória sobre o Náutico, na noite desta terça-feira, na Arena Pernambuco, o atacante Aloísio falou sobre o jogo em que o clube paulista não teve boa atuação. Para ele, o empenho pode superar a qualidade técnica quando o time não conseguir jogar no nível esperado. 

"A comissão é boa, sabe muito bem o que fazer e nos ajuda bastante. Os times bons também têm que ter sorte. Com um jogador a menos é dificil jogar, mas a gente marcou bem e conseguiu. Se não dá na técnica, tem que ir na raça. Precisa de humildade e isso a gente tem bastante", disse Aloísio, à Rádio Globo, em entrevista após o apito final. No início do segundo tempo, o zagueiro Antônio Carlos, do São Paulo, foi expulso ao fazer falta em Rogério. 

Aloísio entrou no intervalo da partida e conseguiu mudar o rumo de jogo. Além dele, Negueba, que também entrou após o fim do primeiro tempo, conseguiu melhorar o nível do time de Paulo Autuori. 

O jovem Rodrigo Caio, de 19 anos, que começou a partida como volante e terminou como zagueiro, também falou sobre a dedicação da equipe, que foi suficiente para superar o Náutico em jogo de pouca técnica. 

"Empenho da equipe foi muito grande, tivemos um companheiro expulso, mas é do jogo. A gente se superou dentro de campo. Cada jogo tem que ser como se fosse o último, a equipe está de parabéns pelo empenho e pela determinação", afirmou o jovem.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Galáctico e enfim campeão, São Paulo Sub-17 traz promessas e desafios


Com requintes de crueldade, o São Paulo superou o Flamengo por 3 a 1 no último sábado e conquistou a Copa do Brasil Sub-17 de maneira praticamente inquestionável. A competição pode ser considerada de altíssimo nível técnico, já que englobou praticamente todos os grandes jogadores nascidos em 1996. A forma como os são-paulinos venceram quase todos os duelos na competição evidencia o altíssimo nível da geração trabalhada pelo ótimo treinador Menta e montada em Cotia.

Foi o primeiro título realmente importante destes jogadores, mas o mais importante para os são-paulinos é que é possível fazer planos com os campeões já para 2014. A safra que atualmente compõe os juniores é bastante limitada, salvo raríssimas exceções, e o planejamento para as categorias de base deve priorizar um amadurecimento ainda mais rápido dos chamados Galácticos de Cotia. Muitos deles devem participar, em outubro, do Mundial Sub-17. Será fundamental tê-los também na Copa São Paulo. Quem sabe, entre Mundial e Copinha, também na Copa do Brasil Sub-20.

Um ponto bastante positivo para a afirmação dos jogadores é a falta de uma estrela muito destacada nos juvenis campeões da Copa do Brasil. O zagueiro Lucas Silva, o Lucão (96), é o único já utilizado entre os profissionais, mas não chega a despontar em relação aos demais. Há ainda outros quatro talentos com nível absolutamente de Seleção Brasileira: Gustavo Hebling (96, volante de bom passe e marcação), Gabriel Boschilia (96, meia de velocidade e ótimo chute), Joanderson (96, atacante técnico e grande finalizador) e Ewandro (96, atacante driblador e habilidoso).

Além dos cinco já citados, há ainda outros talentos que também podem abastecer os profissionais, mas trazem um desafio importante. Auro (96, lateral direito de força e boa marcação), Foguete (96, lateral direito de força e velocidade), Lucas Kal (96, zagueiro rápido), Gabriel Machado (96, lateral esquerdo técnico), Araruna (96, volante técnico), Matheus Queiroz (96, também volante técnico), Robertinho (96, volante de bom passe) e Bruno Pereira (96, atacante veloz).

Se conseguir revelar metade dos jogadores promissores que tem nos juvenis, naturalmente, irá quebrar um estigma das categorias de base. Aquele de que cada safra revela, no máximo, três ou quatro jogadores. Em seu ótimo time de nascidos em 1991, apenas Wellington, Bruno Uvini, Henrique e Oscar viraram jogadores de médio ou alto nível. Da geração seguinte, campeã da Copa São Paulo 2011, só saíram Lucas e Casemiro. Também promessas daquela equipe, Lucas Gaúcho e Zé Vítor, respectivamente, estão no futebol tailandês e na reserva do São Caetano.

PS.: O São Paulo ainda estuda a contratação de outro jogador nascido em 1996 e de altíssimo nível. Trata-se do centroavante Bruno Gomes, que pertence ao Desportivo Brasil e foi artilheiro do Paulista Sub-15 (em 2011), do Sub-17 (em 2012) e novamente do Sub-17 (em 2013). Antes deles, a Traffic já fez dinheiro com o atacante Aguilar (95) e o meia Lucas Evangelista (95). Este último, titular já dos profissionais.