SOBERANO

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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pronto para jogar, Fabuloso avisa: 'Para marcar nome, preciso de títulos'

Ciente da responsabilidade que envolve a sua reestreia, atacante relembra período difícil na recuperação, agradece torcedor e sonha com gol no domingo


Acabou a espera. Após uma longa expectativa de quase sete meses, com direito a duas cirurgias em um tendão próximo ao joelho direito, Luis Fabiano está pronto para reestrear com a camisa do São Paulo. O encontro está marcado para domingo, diante do Flamengo, a partir das 16 horas no Morumbi. A dois dias de voltar a defender o Tricolor, o camisa 9 concedeu entrevista coletiva. Falou sobre o que representa retornar para o São Paulo e que para marcar seu nome na história do clube, apesar de já ser ídolo no passado, precisa conquistar títulos importantes. Assista, acima, ao vídeo com os melhores trechos:

Ansiedade para a estreia"A ansiedade é muito grande porque foram mais de seis meses (ele foi contratado no dia 11 de março) de muita luta, tristeza, problemas, incertezas. Nunca tinha passado por isso, foi o momento mais duro da minha carreira, mas está tudo superado. Estou contando as horas para fazer o que mais gosto, que é jogar futebol."
Como está sete anos depois de deixar o São Paulo?"Muita coisa mudou. Meu temperamento mudou, hoje sou um cara mais experiente, passei por muita coisa, joguei na Europa. Estou com a mesma vontade, com a mesma garra, mas o tempo foi um professor para mim, me ensinou muita coisa. Hoje não faria muita coisa que fiz de errado no passado."

Pronto fisicamente para estrear domingo?"Estou em condição de jogar, mas falta muito para estar 100% tecnicamente. Ainda tem muita coisa pra adquirir, mas espero q em dois ou três jogos esteja 100% porque muita coisa deposita uma confiança muito grande. Restam apenas 12 jogos (neste Brasileirão) e é a fase mais importante do campeonato. Quero corresponder e poder fazer gols, mas meu objetivo mesmo é ser campeão. E vou ser campeão, porque é um time bom, de talento. Temos tudo pra conquistar esse título."
Momento mais triste em toda essa caminhada?"O momento mais triste foi quando fiz um teste antes da partida contra o Avaí, tinha esperança de estrear. Fiz um teste no dia do jogo e não consegui nem terminar de tanta dor que sentia. Nesse momento, vi que teria de tomar a decisão de operar. Foi duro. Chorei dia sim, dia não. Quando você se machuca, fica depressivo. Estava assistindo a TV e começava a chorar, minha filha falava que me amava e chorava de novo. Depois de quase estrear duas vezes, chorei muito, via de fora, dava uma tristeza muito grande, mas está tudo superado."
Incerteza sobre a volta"Tive algumas dúvidas, pensei que não conseguiria voltar ao alto nível. O tempo passava e não conseguia voltara treinar normalmente, mas eu não desanimei. Teve muita gente que meu deu força, para que esse momento chegasse."
Dívida com o São Paulo pelo tempo parado?"Não me sinto em dívida. Faz parte do trabalho do atleta. Desde quando cheguei, minha lesão só piorava. Foi muita falta de sorte, mas acho que todos entendem que o atleta está sujeito a isso. Eu me dediquei para voltar o quanto antes, não deu. Agora é esquecer o passado e pensar que, daqui para frente, posso dar alegria para os torcedores."
Importância do torcedor"Tive muito apoio do torcedor quando saía na rua, em todo lugar que ia. O torcedor transmitia o apoio. Eu não queria entrar no campo no jogo 1000 do Rogério, porque é uma frustração entrar e não ajudar, mas o Rogério me pediu, eu entrei e o torcedor me deu incentivo, foi uma força muito grande. Tenho de agradecer muito porque em nenhum momento vi torcedor insatisfeito. Eu esperava uma certa recepção, mas não esperava uma apresentação tão grande na chegada. Sabia que tinha deixado um certo carinho com a torcida são-paulina, mas não sabia que era tão grande. É muito gratificante."
Jogo de domingo"É importante ter o estádio cheio, eu só sou um incentivo para essa massa. Está sendo legal, bonito, mas quando a bola rolar é final, temos de esquecer a festa porque é um jogo importante. Estamos brigando para ser campeão. Depois fazemos a festa."

Responsabilidade de decidir"A partir do momento que entrar em campo, estou assumindo a responsabilidade. O torcedor não quer saber da minha condição, ele vai cobrar, vai depositar uma esperança muito grande e estou preparado para tudo isso. Vão quere me ver 100%, fazendo gol, assumindo. É claro que precisa ter um pouco de paciência, mas vai ter cobrança."
Ultrapassar Serginho Chulapa"Hoje sou o 12º artilheiro. Minha prioridade não é ser o primeiro, é ganhar títulos. Para seguir minha história, tem de conquistar títulos. Quero deixar meu nome gravado entre os cinco primeiros. Depois de ganhar um título, fico mais levinho e quem sabe não posso chegar ao Serginho."

A quem agradece nesse momento da volta?"Fiz muita coisa que vocês nem sabem pra voltar. Agradeço todo mundo do Reffis (o centro de reabilitação física do clube). Mas uma pessoa foi especial: o fisioterapeuta Ricardo Sassaki, que era uma espécie de babá. Ele me ajudou, conversou, foi na minha casa trocar curativo."

Sonho com gol no domingo?
"Gostaria de fazer o primeiro gol, pode ser de qualquer jeito. Se fosse como o da Copa (diante da Costa do Marfim na primeira fase do Mundial de 2010), seria um golaço. Mas a vitória é o que importa. Vencer é essencial. Fazer um gol seria perfeito."

Resposta a quem o chamou de bichado?"No primeiro momento, as pessoas que diziam que estava bichado me chatearam um pouco. Depois, elas me deram força e a minha resposta vai ser dentro de campo, fazendo gol. E as mesmas pessoas que me criticaram, vão pedir entrevista. Mas eu não sou rancoroso. Às vezes falam coisa pra vender jornal. Minha resposta vai ser no dia a dia, fazendo gol.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Adilson não consegue explicar má fase do Tricolor dentro do Morumbi

Jogar no estádio do Morumbi tem sido um pesadelo enorme para o São Paulo em 2011. No primeiro turno, o time teve aproveitamento de 55,5%,. Se forem levadas em consideração apenas as últimas sete partidas da temporada no Cícero Pompeu de Toledo, o índice é menor ainda: cai para 42% (duas vitórias, três empates e duas derrotas). E nem o técnico Adilson Batista consegue explicar tamanha deficiência.

- É difícil explicar. Quando eu era adversário e jogava aqui, sabia que iria enfrentar muitas dificuldades. Temos de voltar a saber tirar proveito do Morumbi e jogar a pressão para cima do adversário – afirmou o treinador.
Se quiser sonhar com a primeira colocação, o São Paulo sabe que precisa reagir dentro de casa. Dos times que brigam pelas primeiras colocações, o Tricolor terá Corinthians e Flamengo no Morumbi e sabe que não pode bobear. Adilson aposta na volta de jogadores importantes para fazer a equipe crescer.

- Tem o Luis Fabiano fora, tem o Denilson fora, tem o Fernandinho fora. No próximo jogo, já são cinco desfalques. Eu tenho dificuldades em repetir a equipe e isso prejudica o aspecto coletivo. E, quando isso acontece, paga-se um preço caro. Mas não sou de ficar reclamando e sim procuro achar alternativas. É o que vou fazer para o próximo jogo – disse o técnico.

Vale lembrar que, para o duelo de sábado, contra o Figueirense, em Florianópolis, Adilson não terá Jean, Juan e Wellington (suspensos), Lucas (na Seleção Brasileira) e Piris (na seleção paraguaia). Denilson e Fernandinho, que se recuperam de lesões, ainda treinam na piscina e não terão condições de jogo. Com tantos problemas, o treinador terá de improvisar no setor defensivo.

Um possível São Paulo para o final de semana teria: Rogério Ceni; João Filipe, Xandão, Rhodolfo e Henrique Miranda; Rodrigo Caio, Casemiro, Carlinhos Paraíba e Cícero (Rivaldo); Dagoberto e Henrique (Cícero).