SOBERANO

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ingresso barato faz São Paulo triplicar receitas de estádio


Depois de ouvir críticas sobre a decisão de diminuir o preço dos ingressos para os jogos no Morumbi, a diretoria do São Paulo está comemorando os resultados. Além de ter aumentado a receita de bilheteria nas duas últimas partidas, o clube triplicou a arrecadação com as vendas internas do estádio contra o Fluminense. Os números não foram revelados.

Por contrato, o São Paulo recebe uma porcentagem do que é comercializado nos estabelecimentos que existem dentro do Morumbi. De acordo com a diretoria, a multiplicação desse tipo de receita se deu pelo crescimento do consumo de água, sorvete, doces, do movimento maior nos restaurantes (Copa, Koji, Habbib´s) e do aumento das compras na Penalty e SP Mania.

Só o número maior de torcedores no estádio já seria o suficiente para explicar o resultado. O vice-presidente Social e de Esportes Amadores, Roberto Natel, ressalta que com ingressos mais baratos a disposição em consumir aumenta.

– O torcedor já vem contente com o preço do ingresso, pois paga muito barato. Ele acaba comprando outras coisas mesmo, é natural... Não só em relação à loja, mas a comida, doces, sorvetes enfim... Esse lado do bolso gera uma satisfação no torcedor – afirmou Natel.

Ainda de acordo com informações obtidas com a diretoria tricolor, foram vendidas mil unidades da nova camiseta do #3cores1sótorcida, que leva o nome da campanha promovida pelo clube, apenas no fim de semana passado, quando foi lançada, no jogo contra o Flu.

As peças vão chegar hoje nas lojas fora do estádio. Todos os 30 pontos de venda da SP Mania vão receber o produto. Apesar do resultado ter sido comemorado pelo clube, o diretor de marketing tricolor, Rui Branquinho, destaca que o objetivo principal não é financeiro.

– Nós fizemos essa camisa especial muito mais para pontuar a campanha. É uma maneira do cara perceber que está fazendo parte deste momento. A gente ainda nem consolidou tudo. Elas só estão nas lojas do Morumbi, por enquanto – afirmou Branquinho. 
Bate-bola

Rui Branquinho, diretor de Marketing do São Paulo, em entrevista exclusiva ao L!Bizz.

L!Bizz - Como surgiu a ideia da campanha #3cores1sótorcida?
Rui Branquinho - O time estava passando por um momento delicado e nada é mais motivador do que jogar com o estádio lotado. Nessa hora, você precisa dar algum incentivo para a torcida acompanhar o time. Pensamos em fazer algo que fosse além de simplesmente mexer nos preços dos ingressos. Resolvemos fazer uma hashtag que resumisse esse sentimento. Daí surgiu o #3cores1sótorcida, que representa o momento de união, todo mundo junto para sair dessa fase e buscar melhores resultados.

L!Bizz - Financeiramente, a decisão de baixar o preço dos ingresso foi boa para o clube?
R.B. - Na verdade, quando levantamos essa necessidade e fomos em frente com esse projeto, não estávamos preocupados com o retorno financeiro disso e muito menos com o retorno imediato. Tanto é que quando lançamos a mudança dos preços deixamos claro que a promoção iria até o final do ano. O que a gente quer é a torcida e não só neste momento. Qual o time que não gostaria de colocar 50 mil pessoas em todos os jogos? Sinceramente, o aspecto financeiro desse negócio não foi levado ao extremo. Claro que o clube tem suas necessidades financeiras, mas não foi o que motivou e nem foi a nossa preocupação. É óbvio que se a gente conseguir lotar todas as partidas, vai ser sempre um bom negócio. 

L!Bizz - Apesar de não ter sido pensado, acabou dando um retorno além da bilheteria?
R.B. - É, foi isso. Quando colocamos o negócio na rua, muita gente nos criticou, com o argumento de que estaríamos desvalorizando nossa marca. Eu descordo frontalmente disso. Eu acho que você está motivando o seu torcedor. A gente precisa mais do nosso torcedor do que o torcedor está com vontade de ir ao estádio. É um negócio bom de ser feito. Quando começamos a falar isso, fizemos uma conta na cabeça de qual seria o público médio. Não é só um negócio de baixar o preço. A gente tinha claro que tinha que valorizar o cara que já está com a gente, que é o sócio-torcedor, que já tem um vínculo. Ele poder pagar R$ 2 também é um reconhecimento do esforço que ele faz. Eu não entendo quando eles falam que estamos desvalorizando nossa marca. É óbvio que a gente quer que o episódio de 50 mil pessoas no estádio se repita, mas a gente sabe que é difícil. A gente conseguiu um cenário muito próximo do ideal, um dia de sol, no meio da tarde, no fim de semana. Deus queira que isso se mantenha. Nada é mais lucrativo para o clube do que ter a torcida motivada, o estádio lotado e ver o seu time ganhando.

L!Bizz - Você acha que o torcedor que comprou um ingresso por R$ 2 chega no estádio mais disposto a gastar com outras coisas?
R.B. - Se ele for um cara programado, vai sobrar para ele gastar com outras coisas. A gente pode pensar em várias linhas de raciocínio: que o cara vai gastar mais no estádio, que ele vai assistir dois jogos em vez de um. Enfim, independente da maneira, eu acho que isso pode se reverter a favor do São Paulo. Se o dinheiro economizado virar consumo em outra coisa, será muito bom.

L!Bizz - Como foi a recepção da nova camisa?
R.B. - Quando a gente começa a ver o produto no Twitter, no Facebook, no Istragram, a gente percebe o poder de viral que ele tem. Acho que caiu na graça da torcida.

L!Bizz - Pelos borderôs das partidas, a gente reparou que o ingresso mais vendido não foi o de R$ 2, mas sim o de R$ 10. O que isso significa?
R.B. - Eu acho que, sem querer ser romântico demais, a torcida quer aderir a um movimento que ela sinta que é legítimo. Ela quer perceber que mesmo vindo da diretoria, ela é uma campanha que mostra que estão todos na mesma vibração. Até aumentou o número de sócios-torcedores, para aproveitar essa promoção, a gente sabe disso. É muito gratificante ver que está dando resultado. A gente tinha um setor que já era R$ 10, mas não conseguíamos lotar. No domingo de manhã, dava para perceber uma movimentação muito maior de torcedores com roupas do São Paulo, que é uma coisa típica dos jogos grandes. Acho que estamos no caminho certo. Foi só o primeiro passo. Sabemos que ainda vamos ter dificuldades até o final do ano, mas vamos melhorar. 

L!Bizz - Vão ter outras ações?
R.B. - Estamos pensando em outras ações, pensando no que podemos fazer. Estamos falando com parceiros. Vamos buscar deixar a torcida motivada. O valor do ingresso é determinante, mas estamos buscando outras maneiras de motivas o torcedor. O que eu acho que ajuda a construir um sentimento bom é o exemplo do Luis Fabiano. De maneira super espontânea, depois do jogo, ele foi no Twitter e resolveu sortear a camisa que ele fez o gol. Isso constrói um sentimento muto bom na torcida, mostrando que está todo mundo do mesmo lado. Isso é muito positivo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

São Paulo bate Fla no primeiro jogo da decisão e sai na frente no sub-17

Gols de Boschilia e Joanderson decidem partida no Morumbi e complicam time rubro-negro. Finalíssima acontece em Macaé no próximo sábado


O São Paulo de um passo importante para conquistar o título da Copa do Brasil Sub-17. Superior durante quase toda a partida, o Tricolor venceu o Flamengo por 2 a 0 com gols de Boschilia e Joanderson, na noite desta terça-feira, no Morumbi, e pode até perder por um gol de diferença na partida de volta, sábado, em Macaé, para sagrar-se campeão.

A bola balançou a rede pela primeira vez aos 24 minutos, com Gabriel Boschilia. O meia-atacante recebeu de Joanderson, um dos artilheiros da competição, e tocou no ângulo esquerdo. Aos poucos, em desvantagem, o Fla equilibrou o duelo. Caio Rangel por pouco não empatou, com um chute cruzado. Joanderson, respondeu, mas parou no goleiro Thiago.

Antes que o Rubro-Negro pudesse reagir, na volta do intervalo, o São Paulo ampliou. Aos dois minutos, Joanderson sofreu pênalti. Ele mesmo bateu e marcou 2 a 0. Então, a equipe carioca se adiantou, mas tinha dificuldade para envolver o mandante, que continuava a criar perigo nos contra-golpes. Pouco ameaçados, os paulistas foram capazes de segurar o placar até o fim e saíram comemorando, com larga vantagem adquirida.

No sábado, o Flamengo precisa vencer por três gols de diferença ou fazer os mesmos 2 a 0 para, ao menos, levar a disputa da Copa do Brasil Sub-17 para os pênaltis. Principal atacante do torneio, o atacante Joanderson está fora, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reforços, Welliton e Roger Carvalho vão ao CT do São Paulo

O elenco do São Paulo treinou na manhã desta terça-feira no CT da Barra Funda enquanto o atacante Welliton e o zagueiro Roger Carvalho tiveram os primeiros contatos com o clube. Welliton, que rompeu o empréstimo do Spartak Moscou (RUS) ao Grêmio para jogar no Morumbi, assinou contrato nesta manhã e deverá treinar com o time a partir de quarta-feira.
O São Paulo não confirma o acordo assinado com Roger Carvalho. O zagueiro se recupera de cirurgia na coxa direita e deve voltar a jogar apenas em 2014. Por enquanto, ele ficará fazendo tratamento de recuperação no Reffis. Ele apareceu no CT enquanto Welliton fechava os últimos detalhes de contrato.
Roger Carvalho está registrado no Tombense, de Minas Gerais. Ele estava emprestado ao Bologna (ITA) até o fim de junho, e não permaneceu no clube. O jogador interessava ao São Paulo desde 2011, quando atuava pelo Figueirense ao lado do hoje são-paulino Edson Silva.
Welliton ainda poderá virar opção para o técnico Paulo Autuori para o jogo de domingo, contra o Botafogo, no Maracanã. Luis Fabiano e Aloísio estão suspensos por conta dos cartões amarelos recebidos contra o Fluminense, na última rodada.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Com 55 mil pessoas, torcida são-paulina bate recorde e dá show


A torcida do São Paulo quebrou seu recorde de público nesta edição do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo, 55.256 pagantes fizeram festa e assistiram à vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, no Morumbi.

O maior público até então havia sido de 25.827 pessoas, no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, na partida anterior como mandante. Não por coincidência, os recordes passaram a ser quebrados depois que a diretoria fez promoção de ingressos - a R$ 2 para sócio-torcedores.

"O torcedor ganhou a partida para a gente", opinou o atacante Luis Fabiano, autor do primeiro gol. "Quando o Morumbi está cheio, a gente se sente confiante e entra com determinação em busca da vitória. Deu tudo certo, foi uma festa maravilhosa. Apesar desse momento difícil, vieram e deram show".

A festa da arquibancada começou cedo. Além do gol de Luis Fabiano, marcado aos 27 minutos, os são-paulinos presentes puderam festejar gol de Reinaldo, no último minuto regulamentar do primeiro tempo. À essa altura, antes mesmo do intervalo, eles já gritavam "o campeão voltou".

O Fluminense descontou aos 47 minutos da etapa final, com Eduardo, no momento em que o resultado já não poderia mais ser ameaçado. Antes disso, a torcida pôde gritar "olé" a cada passe da equipe e fazer a "ola" de mais de 110 mil braços na arquibancada.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Marcado por Libertadores, Ademilson vira solução para "seca" do São Paulo


Em 14 jogos disputados no Campeonato Brasileiro, foram apenas 13 gols, média inferior a um por jogo. O setor ofensivo da equipe do Morumbi é a grande dor de cabeça do técnico Paulo Autuori, que realiza constantes mudanças no ataque do time – desde que o comandante assumiu, em apenas uma oportunidade, em sua estreia contra o Vitória, o time são-paulino fez mais de um gol. A bola da vez para resolver os problemas do time é o jovem Ademilson, que apareceu no esboço do time titular no treino da última quinta.

Paulo Autuori esboça São Paulo com Jadson sacado do time titular
O atacante surgiu como uma revelação da base do São Paulo, cotado como artilheiro por onde passou. No time profissional são-paulino, o jovem de 19 anos começou bem, mas em um jogo todo seu trabalho foi por água abaixo: o duelo de ida contra o Atlético-MG, pelas oitavas de final da Libertadores, no Morumbi.

Na ocasião, Ademilson, que deve ganhar nos próximos dias a concorrência de Welliton, do Grêmio, entrou logo no início do confronto, quando Aloísio se machucou. O São Paulo, ainda com onze jogadores e sem a expulsão de Lúcio, continuou melhor, mas viu as chances criadas não se transformarem em gols – o jovem atacante perdeu duas incríveis. O jogador de 19 anos seria substituído mais tarde e admitiu, em entrevista após o treino da última quinta, que aquele jogo pesou para sua queda no time tricolor.

“Depois daquele jogo acabei perdendo confiança. Você sem confiança não passa. Acabei caindo perante o grupo depois daquele jogo e fui perdendo oportunidade”, apontou o jogador, antes de dizer que se considera revigorado. “Agora minha confiança está boa e posso crescer”, afirmou.

Luis Fabiano marca golaço em treino do São Paulo; veja
A confiança recente de Ademilson vem das entradas nas últimas duas partidas do São Paulo, contra Atlético-PR e Flamengo. O atacante agradou o técnico Paulo Autuori com boa movimentação e, com isso, pode ganhar a chance entre os titulares. Certo de que a má fase de Aloísio e Oswaldo também pesam para seu crescimento no time, o jovem jogador opinou que a calma é um dos fatores que pesam para o baixo rendimento do time.

“Acho que falta aquela calma para fazer o gol, minha e dos outros jogadores também. Chegamos na frente e não fazemos. Mas acho que tem que trabalhar. Pessoal que é acostumado a fazer gol, como LuÍs Fabiano, Osvaldo, Aloísio e eu, a gente fica um ou dois jogos sem fazer e já começa a se cobrar, acho que não é por falta de vontade ou displicência, mas na hora de finalizar a gente faz alguma coisa errada”, explicou.

Ademilson pode ser solução para pênaltis também]Ademilson pode também ser uma solução para o baixo aproveitamento do time nos pênaltis – nos últimos jogos, Rogério (duas vezes) e Aloísio perderam cobranças. O jovem jogador, que costumava ser cobrador nas categorias de base e na Seleção Brasileira, se coloca como candidata, mas tem calma e esperará Autuori decidir.

“Sobre eu bater, ele sempre fala na preleção quem vai bater. Talvez o cara que vá não esteja no jogo, se ele me colocar, quem sabe. Mas antes de mim tem muitos outros jogadores“, afirmou.