SOBERANO

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Gramado ruim e tabu nos Aflitos desafiam São Paulo contra o Náutico

Na caça ao rival Palmeiras, que ostenta cinco pontos de vantagem no topo da tabela, o São Paulo abre a 27ª rodada do Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, às 21h50, diante de um tabu. A equipe tricolor visita o Náutico nos Aflitos, estádio onde nunca venceu pelo certame nacional, e o desafio é voltar a somar três pontos após os empates contra Santo André e Corinthians.

Nos últimos três confrontos em casa, o clube pernambucano levou a melhor sobre o paulista - venceu em 2008, 2007 e 1991; ocorreram ainda dois empates, em 1990 e 1989. Pelo Brasileirão, o São Paulo só ganhou no estádio do Arruda - em 1982, 77, 75 e 72.

Um fator que preocupa o conjunto do técnico Ricardo Gomes é o gramado dos Aflitos, que frequentemente recebe críticas dos atletas.

"O time do São Paulo prioriza a posse de bola. Quando o campo não favorece, existe o prejuízo, porque o domínio é diferente e muitas vezes você é obrigado a ir para o jogo aéreo. Mas isso não pode ser uma justificativa. Temos de nos adaptar o mais rápido possível para não sermos surpreendidos", analisou o goleiro Bosco, que substitui Rogério Ceni, machucado.

Já Ricardo Gomes citou os recentes tropeços nos Aflitos, durante a era 'Muricy Ramalho', como alerta. "Existe esse histórico, é sempre um jogo com dificuldades, mas não vamos mudar nossa maneira de jogar. O objetivo é voltar com os três pontos."O treinador será obrigado a improvisar no ataque. Dagoberto e Washington estão suspensos, e Hugo é o mais forte candidato para formar dupla com Borges. Marlos, outro meia, também está na briga.

Os jovens Mazola e Henrique, atacantes de origem, foram relacionados e podem ficar no banco de reservas à espera de uma primeira chance com Gomes.

"Evoluí bastante desde que cheguei aqui. O Ricardo Gomes nos passa muita confiança, nos incentiva a fazer as coisas em campo sem que tenhamos medo de errar. Além disso, os companheiros de ataque sempre conversam com a gente e nos dão conselhos. Somos muito gratos a eles por nos ajudarem", declarou Mazola, 20 anos, ao site oficial do clube do Morumbi.

"Com certeza a gente vive com grande ansiedade esse momento. Estamos todos esperando a oportunidade e, se for para entrar, todos têm condições de mostrar o seu melhor e corresponder", completou Henrique, de 18 anos.

O provável São Paulo para encarar o Náutico é: Bosco; Renato Silva, André Dias e Miranda; Jean, Richarlyson, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar; Hugo (Marlos) e Borges.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

São Paulo destaca poder de reação e projeta novo susto no Palmeiras

O São Paulo diz não ter motivos para se abalar com o distanciamento do Palmeiras na liderança do Brasileiro e argumenta que já demonstrou potencial para tirar desvantagem muito maior sobre o time alviverde. Durante várias rodadas, o time do Morumbi esteve 10 pontos atrás do Palmeiras. Mas o São Paulo reagiu, chegando a ficar apenas um ponto atrás do rival, na 20ª rodada.Atualmente, cinco pontos separam as duas equipes na classificação (50 a 45).

Para quem superou enorme desvantagem sobre o Palmeiras, uma nova arrancada é perfeitamente possível, discursa o técnico Ricardo Gomes. Restam doze rodadas para o término do Nacional.

"Ainda tem muita coisa para acontecer. O Palmeiras já teve diferença muito maior sobre o São Paulo, assim como já ficamos a um ponto dele. O campeonato está em aberto. Não tem porque achar que já está decidido. Eu estou pensando no Náutico", disse o técnico.

Na quarta, o São Paulo, 3º colocado, encara o ameaçado Náutico, no estádio Aflitos, em Recife. Já o Palmeiras encara o Santos, na Vila Belmiro.

Richarlyson segue o lema de Ricardo Gomes e relembra a conquista do time no Brasileirão de 2008, quando tirou desvantagem do então líder Grêmio. O empate deste domingo contra o Corinthians não foi um mau resultado para o São Paulo, avalia o atleta, citando a rivalidade entre as duas equipes.

"A gente costuma dizer que as coisas nunca foram fáceis. Nós tiramos diferença de 11 pontos no ano passado. Para quem tirou 11, pode tirar cinco. Na próxima rodada, o Palmeiras joga contra o Santos. Devemos continuar pensando grande", diz o meio-campista.

Para o duelo diante do Náutico, o São Paulo não terá Washington e Dagoberto, suspensos. Rogério Ceni, lesionado na coxa, será reavaliado e segue como dúvida para o jogo em Pernambuco.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Após 10 anos, São Paulo x Corinthians tem ares de decisão pelo Nacional

A última vez que Corinthians e São Paulo se enfrentaram de olho no título do Campeonato Brasileiro aconteceu nas semifinais de 1999. Dez anos depois, os rivais entram em campo com o discurso de buscar a vitória para impedir que o líder Palmeiras se distancie no topo da tabela.
O time tricolor soma 44 pontos, três a menos do que o clube de Palestra Itália, e ocupa a segunda colocação. Já a equipe alvinegra tem 37 e ainda sonha com o título e a inédita tríplice coroa - conquistar o Paulista, a Copa do Brasil e o Brasileirão no mesmo ano.

"Ainda temos chances. Com duas vitórias consecutivas, voltamos a brigar pelo título", considerou o atacante corintiano Dentinho.

Os próprios são-paulinos não descartam a possibilidade de o rival disputar o caneco, apesar de a diferença para a primeira colocação ser de dez pontos. "Dependendo do resultado contra a gente, eles podem entrar na briga", afirmou o zagueiro Renato Silva. "Eles não estão fora e têm chances matemáticas", endossou Dagoberto.

Depois de 1999, nenhum clássico teve influência direta na disputa pelo troféu. Nos mata-matas até 2002, não ocorreu nenhum confronto. Na era dos pontos corridos, a partir de 2003, os dois times jamais foram concorrentes pelo títuloEm 2003 e 2004, o São Paulo acabou no G-4, enquanto o Corinthians ocupou posições intermediárias - até reagiu nas rodadas finais de 2004 e terminou em quinto lugar.

Em 2005, o clube de Parque São Jorge faturou o Nacional, já o do Morumbi ficou em 11º pois priorizou o Mundial da Fifa. Em 2006 e 2007, o São Paulo foi campeão, e o rival alvinegro lutava contra o rebaixamento - ano passado, participou da Série B.

O zagueiro André Dias destacou o fato de ambos viverem momentos distintos nas últimas temporadas. "O próximo jogo vai ser diferente. O Corinthians vem de uma derrota no Pacaembu, o São Paulo de um empate fora, e as duas equipes têm chances de serem campeãs. Vai ser um jogo truncado", apostou.

Além disso, existe um tabu em questão. Já são sete duelos sem vitória são-paulina - a última ocorreu em fevereiro de 2007. "Não tem essa de freguês, porque sempre respeitamos o São Paulo", decretou Dentinho.

"Garanto que o Corinthians não vai ter facilidade para ganhar do São Paulo no Morumbi desta vez", finalizou André Dias, citando o triunfo alvinegro por 2 a 0 no último Estadual.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Com pior ataque desde 2004, São Paulo treina finalização para clássico

O São Paulo é a segunda melhor equipe do Campeonato Brasileiro, porém o ataque não apresenta números favoráveis. São 34 gols em 25 jogos, a pior média desde o Campeonato Brasileiro de 2004. Na manhã desta quarta-feira, o técnico Ricardo Gomes tratou de aprimorar a finalização dos atletas do setor ofensivo, de olho no clássico de domingo contra o Corinthians.

Durante cerca de 40 minutos, Washington, Borges, Dagoberto, Marlos, Hugo, Henrique e Mazola repetiram chutes e cabeceios a gol, enquanto os demais participaram de uma atividade em campo reduzido no campo ao lado.

"É preciso sempre melhorar. A média está baixa, mas o time está jogando de forma mais segura também. Fizemos um treino de aproximação e toques rápidos", comentou Dagoberto.

O ataque são-paulino aparece em 11º lugar no ranking de gols na atual edição do Nacional, ao lado de Botafogo e Corinthians. "O importante é que o time está jogando muito bem, e os atacantes cumprem papéis fundamentais. Só que somos cobrados por gols", opinou o camisa 25, titular absoluto da era Ricardo Gomes.
Artilheiro da equipe com sete gols, Washington não balança as redes desde o dia 16 de agosto, quando marcou durante a vitória sobre o Sport, na Ilha do Retiro. O jejum de seis jogos fez com que ele perdesse a titularidade para Borges.

"Às vezes você perde confiança. Sou muito perfeccionista, e quando os gols não vêm quero criar, correr para ajudar, e me atrapalho cada vez mais. Busco acertar alguma coisa para não sair dos jogos, e isso atrapalha. Tenho pensado a respeito nos treinamentos. Não posso deixar que isso me atrapalhe porque sou experiente", analisou o camisa 9.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Miranda comemora ausência de Elias; Gomes se preocupa com dupla

O Corinthians não deve ter Chicão e está ameaçado de não contar com Dentinho e Jorge Henrique no clássico de domingo. Mas é a ausência de Elias a mais comemorada pelo São Paulo. O volante, considerado uma das peças-chave do time de Mano Menezes, recebeu o terceiro cartão amarelo na derrota para o Goiás e ficará de fora da partida do Morumbi.

"O Elias faz uma função muito importante no Corinthians, ele conduz o time tanto ofensiva quanto defensivamente. Nossa equipe vai saber explorar a ausência dele", disse o zagueiro Miranda nesta terça-feira.

A preocupação com Elias tem fundamento. Foi do volante o primeiro gol corintiano na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo em abril, no Pacaembu, no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Paulista. Além disso, é titular absoluto e considerado um dos líderes do elenco.

O problema é que o São Paulo também tem dúvidas para o clássico. Júnior César, Richarlyson e Borges deixaram o jogo contra o Santo André, no último domingo, queixando-se de dores. Os dois primeiros são os que mais preocupam e já fazem tratamento intensivo no Reffis.

"Hoje [terça] não daria para eles [jogarem]. Vou esperar até quinta-feira para decidir. Só fico otimista quando o jogador vai para o campo e eu pergunto se está tudo bem", afirmou Ricardo Gomes.

O técnico, aliás, diz não ligar para as ausências do rival. "O que me importa são o Richarlyson e o Júnior César. Os desfalques do Corinthians eu deixo para o Mano se preocupar", minimizou.

domingo, 20 de setembro de 2009

São Paulo tropeça 'em casa' e perde a chance de assumir o topo

O mando era do Santo André, mas quem atuou em casa em Ribeirão Preto, com o apoio de quase 20 mil pessoas e a expectativa de assumir pela primeira vez a liderança do Campeonato Brasileiro, foi o São Paulo. Porém, a equipe tircolor tropeçou e ficou no empate por 1 a 1.

O ala direito Jean abriu o placar logo aos 7min. No segundo tempo, o time do técnico Ricardo Gomes recuou, e Pablo Escobar igualou o placar aos 26min.

O hexacampeão brasileiro soma agora 44 pontos e iguala a pontuação do Palmeiras, porém leva desvantagem no saldo de gols. Além disso, o rival alviverde entra em campo na noite de quarta-feira para fechar a 25ª rodada - visita o Cruzeiro no Mineirão e pode abrir vantagem na tabela.

O Santo André segue na zona de rebaixamento, com 25 pontos.

O jogo
A bola mal começou a rolar no estádio Santa Cruz e um lance polêmico aconteceu a 1min de jogo. Fernando invadiu a área e Miranda, o derrubou com um carrinho por trás. O árbitro mandou o lance seguir.

"Fui consciente, sabia o que estava fazendo e fui na bola. Acho que não foi pênalti", apontou o zagueiro da seleção brasileira.

Apesar de a equipe do ABC pressionar nos minutos iniciais, quem abriu o placar aos 7min foi o São Paulo. Junior Cesar cruzou na área e Jean chutou de primeira no canto direito de Neneca.

Ainda no primeiro tempo, duas cobranças de falta chamaram a atenção, uma de cada lado. Aos 27min, Rogério Ceni se aventurou no ataque, mas apenas fingiu que bateria e viu de perto Jorge Wagner chutar na barreira. Aos 38min, Marcelinho Carioca, que acumula 12 gols na carreira diante do clube tricolor, colocou curva e a bola saiu por cima do travessão de forma perigosa.

"Não tivemos tantas oportunidades, mas a equipe está jogando com segurança", analisou Dagoberto durante o intervalo.O nosso time estava bem no início. Houve uma desatenção na marcação, e eles fizeram um gol com um elemento surpresa, o Jean. Vamos procurar forçar mais no ataque no segundo tempo", comentou Marcelinho.

"Falei para o Fernando falar para o Guerra [Flávio Rodrigues Guerra, árbitro] que foi pênalti", revelou o técnico do Santo André, Sergio Soares, no retorno para os 45 minutos finais.

O São Paulo recuou e permitiu a reação do adversário. O conjunto paulistano sequer ameaçou o gol de Neneca no segundo tempo.

Aos 26min aconteceu o castigo. Nunes ganhou no alto e desviou de cabeça na área. A bola sobrou, e Pablo Escobar finalizou por baixo do camisa 1 tricolor.

sábado, 19 de setembro de 2009

Ceni minimiza importância de liderança momentânea e crê em jogo difícil

A apenas um ponto do Palmeiras, que só joga na próxima quarta-feira, contra o Cruzeiro, o São Paulo pode assumir pela primeira vez a liderança do Campeonato Brasileiro neste domingo. Basta vencer o Santo André, em Ribeirão Preto, e torcer para que o Internacional tropece no Vitória, neste sábado à noite.

O elenco, no entanto, diz não ter como principal objetivo tomar a ponta da tabela nesta altura do campeonato. "A boa liderança é aquela que vem na última rodada do campeonato. Ela muitas vezes traz benefícios, mas também traz uma pressão muito grande. Por isso só estamos pensando em vencer o jogo de domingo", disse o capitão Rogério Ceni.

Apesar de o Santo André ocupar apenas a 17ª colocação, na zona de rebaixamento, o goleiro acredita num jogo complicado para o São Paulo no estádio Santa Cruz.

"Lembro que o Santo André, em determinado momento do campeonato, estava à nossa frente. Eles têm jogadores experientes, como o Fernando e o Marcelo [Marcelinho Carioca]. É um conjunto que não condiz com a realidade da posição em que se encontra", analisou Ceni.

Contundido, o camisa 1 não participou do confronto entre as equipes pelo primeiro turno. O Santo André saiu na frente, com Marcelinho Carioca, e só cedeu o empate por 1 a 1 no final do jogo, quando Borges salvou o então time de Muricy Ramalho da derrota.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aposta durante a crise, Oscar perde espaço na boa fase e espera Paulistão

Uma das primeiras decisões de Ricardo Gomes ao assumir o comando do São Paulo, no fim de junho, foi dar espaço ao meia-atacante Oscar, apontado como a principal revelação das categorias de base no momento. O atleta de 18 anos entrou durante o segundo tempo de cinco partidas, justamente quando o atual tricampeão brasileiro estava em crise e ocupava a parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro.A última vez que o jovem foi aproveitado aconteceu no clássico contra o Santos, dia 19 de julho. A vitória por 2 a 1 sobre o rival praiano abriu a arrancada da equipe tricolor no Nacional, e a partir daí Oscar não teve mais chances.

"O time está muito bem, entrosado, e o Ricardo sabe a hora certa de me colocar", contou o meia ao UOL Esporte. "Claro que quero jogar sempre, entrar um pouco no segundo tempo, mas enquanto o time estiver ganhando, está ótimo."

Gomes planeja escalar os jogadores promovidos da base - casos de Wellington, Mazola e Henrique, além de Oscar - no primeiro semestre de 2010. "Vou aproveitar o máximo dessa garotada no Campeonato Paulista. Eles foram emprestados no começo do ano ao Toledo [equipe do Paraná], só que precisam de uma sequência no São Paulo", observou.

Sequência de partidas é exatamente o que Oscar pede. "Espero ganhar uma oportunidade para começar jogando. É diferente quando você entra desde o início porque pega o ritmo de jogo rapidamente e descobre como é a marcação."

O camisa 30 elogia a postura do treinador são-paulino. "Ele é muito gente fina. Quando o time começou a engrenar, conversou comigo. Disse que seria mais difícil eu entrar, mas pediu para continuar treinando como sempre treinei", revelou. "O Muricy não era de conversar", completou, ao ser questionado sobre a relação com o ex-técnico do São Paulo.

Durante esse período de reação da equipe, Oscar desfalcou o elenco porque defendeu a seleção brasileira sub-20. Entretanto, ficou fora do Mundial da categoria, que começa na próxima semana. "Minha expectativa era continuar aqui, porque eu estava jogando", lamentou, sobre a ausência.

Ricardo Gomes rechaçou o termo estratégia para explicar a opção de preterir o jovem. "Não é estratégia nenhuma. O Oscar está entre as possibilidades, mas foi convocado [para a sub-20], ficou um tempo fora e se lesionou. Ele acabou de completar 18 anos, é preciso ter calma. Não dá para usá-lo com esses 16 ou 17 jogadores que vêm jogando", argumentou.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

São Paulo atinge 'rodada da reação para o tri' com folga e prega cautela

Há aproximadamente um ano, o São Paulo arrancava rumo ao tri brasileiro. A equipe tricolor chegou à 25ª rodada do Nacional de 2008 com 39 pontos, dez a menos do que o líder Grêmio, tirou a diferença e, oito partidas depois, assumiu o primeiro lugar na tabela.
No fim de semana, a atual edição do Brasileiro atinge justamente a 25ª rodada, e a situação do time do Morumbi é mais confortável. Ocupa a terceira posição, com 43 pontos, um a menos do que o líder Palmeiras.
"Teoricamente esse ano está mais fácil pela diferença de pontos, só que o campeonato está melhor, com vários times que podem ser campeão", comentou o zagueiro André Dias. "O São Paulo está no caminho certo, apresenta humildade para marcar e qualidade quando tem que jogar."

Na atual temporada, a recuperação do clube paulista começou na 12ª rodada, com o triunfo sobre o Santos por 2 a 1 no Morumbi. A partir de então, ocorreram nove vitórias, dois empates e uma derrota, e o salto na tabela foi do 16º lugar para o G-4.

"Nossa reação esse ano aconteceu bem mais cedo do que no ano passado e, no meu modo de ver, é melhor. Comentamos há algumas rodadas que esse ano a competição está bem mais difícil. Estamos perto do líder, com chances de assumir a liderança, e vamos manter essa pegada até o fim da competição", considerou o meio-campista Jorge Wagner.

O ala direito Jean adotou discurso similar sobre os concorrentes ao título. "Apesar de termos conseguido a arrancada mais cedo do que no ano passado, as equipes hoje estão mais fortes e concentradas. Está muito disputado e não vai ser fácil."

Já o técnico Ricardo Gomes, que ostenta um aproveitamento de mais de 70% no comando da equipe, acha pouco provável um time deslanchar na tabela. "O campeonato vai ser decidido nas últimas rodadas", decretou.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Com aproveitamento de campeão, Ricardo Gomes exalta elenco e defesa

São 11 vitórias, três empates e três derrotas. O aproveitamento é de 70,6%, superior ao apresentado pelos campeões brasileiros nos últimos cinco anos. Questionado sobre o sucesso de seu trabalho no comando do São Paulo, Ricardo Gomes afirma que não existe segredo, exalta o elenco e o empenho de todo o time na marcação.
Em 2003, o Cruzeiro teve um desempenho de 72,5% e é o único campeão dos pontos corridos a bater o São Paulo de Ricardo Gomes nos números. Na conquista do tricampeonato, a melhor campanha ocorreu em 2006, quando o clube tricolor somou 68,4% dos pontos.

"O aproveitamento só me interessa no fim do campeonato, não adianta olhar agora. Está muito bom, e a gente poderia até ter feito melhor. Mas não interessa, vamos esperar o fim", observou o treinador, na última terça-feira.

Desde que chegou, em meados de junho, ele evita falar em equipe titular. "O São Paulo não tem 11 jogadores ideais. Temos 16 ou 17, e vamos assim até o fim", costuma declarar.

"Tem Washington e Borges, Marlos e Hugo, Arouca e Richarlyson, o Rodrigo na zaga... O Hugo entra e decide. O Marlos entra e decide. Não é um time exato, e outros jogadores vão surgir", argumentou.

Na 25ª rodada do Nacional, o time do Morumbi tem a chance de atingir pela primeira vez o topo da tabela. Para isso, precisa vencer o Santo André domingo, às 16h, em Ribeirão Preto, e torcer por tropeços de Palmeiras e Internacional.

A defesa tem feito o seu papel e já é a menos vazada da competição - sofreu 23 gols, assim como a do rival Palmeiras.

"Temos quatro zagueiros de altíssimo nível, mas não podemos deixar de citar o trabalho do meio-de-campo. O número de bolas recuperadas, para falar só deste último jogo, com o Arouca e o Jorge Wagner, ajuda bastante", comentou o comandante são-paulino.

Ex-zagueiro de seleção brasileira, Gomes nega oferecer um cuidado especial para os defensores durante os treinos. "O tempo de orientação para a zaga é o mesmo para o restante do time. O fato de eu ter sido zagueiro não acrescenta, mesmo porque eles são bem melhores do que fui", finalizou.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Após volta de Ceni, São Paulo alcança a melhor defesa do Brasileirão

O São Paulo ostenta hoje a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, ao lado do líder Palmeiras. A chegada ao topo do setor coincidiu com o retorno do goleiro Rogério Ceni ao time. Antes de o capitão voltar, após lesão no tornozelo esquerdo, o clube do Morumbi tinha média de 1,1 gol sofrido por partida e, agora, possui 0,4 (dois gols sofridos em cinco jogos).
"Acho que o principal motivo da consistência defensiva do nosso time é que todos os jogadores, atacantes, meio-campistas, laterais e volantes, têm consciência de marcação, não deixam essa responsabilidade somente para os zagueiros", disse André Dias, que também compôs a zaga são-paulina nos últimos anos.

Os dois rivais paulistas levaram 23 gols em 24 partidas disputadas no Nacional de 2009 - marca igualada nesta última rodada, em que o time alviverde foi vazado três vezes e o São Paulo nenhuma. Embora a melhora tenha ocorrido justamente com a presença de Ceni no gol, o elenco atribui a ascensão ao grupo forte e à colaboração dos jogadores de frente.

"Temos uma grande qualidade de marcação dos nossos jogadores, mas acima de tudo o conjunto é muito forte. A equipe toda se dedica quando não tem a bola, e quando tem a bola prevalece a qualidade para jogar, o que dificulta muito para o adversário tomar a jogada da gente", opinou o zagueiro Miranda.

O camisa 5, aliás, foi um dos pilares da defesa são-paulina nas três últimas temporadas - o São Paulo venceu os três últimos Campeonatos Brasileiros. Em 2006, o time tricolor terminou com a melhor defesa ao sofrer 32 gols em 38 jogos. No ano seguinte, o feito se repetiu com uma marca ainda melhor (19 tentos sofridos
Em 2008, a equipe paulista terminou com a segunda melhor defesa, com 36 gols sofridos - um a mais do que o vice-campeão Grêmio. Líder da estatística ao lado do Palmeiras, o São Paulo já faz as contas para chegar ao quarto título consecutivo.

"Acredito que precisamos de mais nove ou dez vitórias para seguir firme na briga", falou o capitão Rogério Ceni, que sofreu dois gols em cinco jogos. Ainda restam 14 rodadas para o fim da competição e clube do Morumbi é o terceiro colocado, com 43 pontos - um a menos que o rival alviverde.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Miranda feliz com atuação

Zagueiro do São Paulo ressalta que convocação faz com que cobranças de bom rendimento aumentem

"Estou muito feliz por retornar dessa maneira. Quando você vai para a Seleção a cobrança sobre o seu futebol aumenta, e por isso tenho trabalhado cada vez mais forte para corresponder à altura à essa nova responsabilidade", afirmou o camisa 5. ao site oficial do clube.

O jogador ainda ressaltou que, em relação aos rumores que aconteceram de uma possível saída para a europa, prefere se focar apenas nas quatro linhas. Até porque, Miranda está confiante na conquista de mais Campeonato Brasileiro.
Depois de desfalcar o São Paulo no jogo contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, o zagueiro Miranda voltou com direito a atuação de gala contra o Avaí, na vitória do time paulista por 2 a 0, neste sábado, dia 12 de setembro. O jogador, que estava servindo à Seleção Brasileira, após convocação do técnico Dunga, quis corresponder à expectativas dos que imaginam que seu trabalho deve melhorar ainda mais depois de vestir a amarelinha.
"Não vou me preocupar em ficar falando, mas sim em jogar bem e fazer o melhor pelo São Paulo. Acho que pude contribuir para o meu futebol e ajudar o time a conseguir mais uma vitória. Acredito que estamos seguindo fortes na briga pelo tetra", concluiu o jogador.

Após vencer o Avaí, o São Paulo terá como próximo adversário o Santo André, no estádio do Santa Cruz, em Ribeirão Preto. O duelo será realizado no dia 20 de setembro.

domingo, 13 de setembro de 2009

Com formação mais ofensiva, São Paulo vence Avaí e pressiona líderes

O São Paulo colocou à prova uma formação mais ofensiva, com Jorge Wagner de segundo volante e o jovem Marlos na criação das jogadas. E a experiência deu certo neste sábado. A equipe tricolor venceu o Avaí por 2 a 0, no estádio do Morumbi, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, e pressiona os líderes Palmeiras e Internacional, que jogam no domingo.

Com a vitória, o São Paulo chega aos mesmos 43 pontos do segundo colocado Inter, que enfrenta o Cruzeiro, no Beira-Rio. A equipe comandada por Ricardo Gomes também diminui para apenas um ponto a distância para o líder Palmeiras, que visitará o Vitória. Dono da maior série invicta da competição (11 jogos), o Avaí soma a terceira derrota consecutiva e permanece com 34 pontos.

Esta foi a terceira vez que Ricardo Gomes escalou Jorge Wagner ao lado de Marlos no time titular. A primeira experiência ocorreu na derrota para o Coritiba e a segunda resultou na vitória sobre o Grêmio Barueri. Neste tira-teima, o esquema com um meio-campo mais veloz demorou a funcionar, mas deu resultado.

sábado, 12 de setembro de 2009

São Paulo tentará acordo com 'desafetos' para não mudar de casa

Alvo de críticas constantes, o estádio do Morumbi terá de passar por obras para se adequar às exigências da Fifa para sediar partidas da Copa do Mundo de 2014. Rumores apontavam para a realização de jogos do São Paulo na Arena Barueri já em 2010, mas a diretoria são-paulina negou a mudança de casa e informou que pretende entrar em acordo com os 'desafetos' CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e FPF (Federação Paulista de Futebol).


SÃO PAULO QUER CASA CHEIA NA RETA FINAL DO BRASILEIRÃO-09

O São Paulo ostenta o quarto melhor aproveitamento atuando como mandante e possui a terceira maior média de público do Campeonato Brasileiro. Para manter o quadro favorável, a equipe quer casa cheia nesta reta final de competição. O time tricolor ainda realizará oito partidas no Morumbi, a primeira delas às 18h30 deste sábado, contra o Avaí.

O duelo, válido pela 24ª rodada, não tem o mesmo apelo de um clássico regional ou de uma partida decisiva. No entanto, o elenco são-paulino espera bom número de torcedores. "Acho que vai estar bem mais cheio do que nos últimos jogos. Os torcedores estão sentindo que o time precisa deles", disse Jorge Wagner.
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"Nunca soube de nada disso. O São Paulo tem um relacionamento muito bom com o pessoal de Barueri. O que pode ter acontecido é um dirigente ter conversado informalmente, mas não existe nada oficial", afirmou o superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha.

O Morumbi ainda recebe partidas, mesmo com a realização de algumas obras menores. E esta rotina deve permanecer na próxima temporada, sem a necessidade de alteração do local de mando de jogo. "Se interditar um terço do estádio, continuamos com capacidade de 35 mil pessoas, mais do que Pacaembu, Parque Antarctica e mesmo a Arena Barueri podem abrigar", explicou Adalberto Dellape, diretor de marketing do São Paulo.

A previsão é que o Morumbi permaneça completamente fechado entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012 para a realização de obras da cobertura, que teve o projeto inicial alterado para atender às exigências da Fifa. "Este período coincide com as férias. Mas vamos notificar as entidades e pedir para que os mandos sejam alterados. Será algo facilmente conciliado. A ideia é não ser mandante de partidas no fim do Campeonato Brasileiro e nem no início do Paulista", explicou Dellape.

Entretanto, a relação entre o São Paulo e as entidades não é das melhores. O desgaste mais recente do clube com a FPF foi provocado pelo presidente da federação Marco Polo Del Neto, que acusou o clube de tentar subornar o árbitro da última partida do Brasileirão de 2008. A denúncia não foi comprovada e o mandatário chegou a ser suspenso.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dagoberto consolida titularidade com Gomes, mas não se vê absoluto

Roberta Nomura
Em São PauloO atacante Dagoberto definitivamente consolidou a posição de titular: é o jogador que mais atuou como titular no sistema ofensivo desde que Ricardo Gomes assumiu, em junho. Embora assista à disputa entre Borges e Washington por uma vaga a seu lado, o jogador de 26 anos não se vê soberano no ataque da equipe.


JOGOS COMO TITULARES DOS TRÊS ATACANTES DO SÃO PAULO NO BR

Dagoberto vê a disputa entre Borges e Washington por uma vaga titular
Borges 5 7
Dagoberto 2 12
Washington 6 11
Atacante Pré-Gomes
(7 jogos) Era Gomes
(16jogos)

SP TERÁ CAMAROTE NO GP BRASIL
GOMES TESTA 4-4-2 E JEAN NO MEIO
AMISTOSO COM LYON PODE MELAR
CLUBE CRITICA BRIGA POLÍTICA
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Antes da chegada de Gomes, Dagoberto foi titular em apenas dois dos sete jogos disputados no Campeonato Brasileiro e se revezava na equipe principal com Borges e Washington. O camisa 25 também ficou de fora das três primeiras partidas comandadas por Gomes, por conta de lesão e suspensão.

Mas desde a derrota para o Atlético-MG, em meados de julho, Dagoberto assumiu o posto no time principal e só não iniciou entre os 11 titulares na partida contra o Sport por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

"Não me considero titular absoluto. Sei que estou em um bom momento, estou procurando ajudar a equipe e assim você aparece mais. Tenho essa mentalidade de a cada treino me empenhar, me doar ao máximo para manter isso. Independente de quem joga é o São Paulo que está ganhando com isso", afirmou o atacante.

Titular em 12 dos 16 jogos do São Paulo na 'era Gomes', Dagoberto deve iniciar a partida contra o Avaí, às 18h30 de sábado, no Morumbi. Seu companheiro de ataque ainda não foi definido, mas Borges leva vantagem. Após marcar o gol da vitória sobre o Cruzeiro, o camisa 17 treinou entre os titulares na quarta e quinta-feira.

"Aqui é muito competitivo, você não pode dar bobeira, são jogadores de grande qualidade. O Borges protege bastante a bola e o Washington já toca mais de primeira", analisou Dagoberto.

Mesmo sem marcar desde o dia 5 de agosto, na vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo, o atacante vive um bom momento e tem participado ativamente das jogadas de gol. No último domingo, Dagoberto correu até a linha de fundo, impediu a saída de bola e cruzou para Borges marcar o segundo tento do triunfo de virada por 2 a 1 sobre o Cruzeiro.

"Eu busco a minha titularidade, aos poucos procuro buscar o meu espaço, já tive outros momentos não tão bons, mas sempre tive esse pensamento também", falou. O camisa 25 é o terceiro goleador do São Paulo no Brasileirão, com cinco gols. Washington possui sete, um a mais do que Borges.

domingo, 6 de setembro de 2009

Jason não perdoa

Reservas decidem, São Paulo bate o Cruzeiro de virada e sobe para 3º lugar


Após estar perdendo por 1 a 0, Tricolor faz 2 a 1 com dois jogadores que começaram no banco: Marlos e Borges





Marlos comemora o primeiro gol do São PauloQuando o técnico são-paulino, Ricardo Gomes, fez a primeira substituição, aos 16 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro vencia por 1 a 0 e mandava no jogo. Mas, como numa jogada de craque, o treinador tricolor mudou a história da partida do Mineirão com duas trocas. Marlos, que entrou no lugar de Hugo aos 16, empatou aos 19; Borges, que ficou com a vaga de Washington aos 35, virou aos 36. Novamente, para quem achou que o Jason estava morto, ele renasceu e fez mais uma vítima.

Com a vitória por 2 a 1, o São Paulo foi a 40 pontos e subiu uma posição na tabela – agora é o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro. A Raposa, com 29, segue em 13º lugar.



A ausência de Kléber, que nem foi relacionado por causa de dores no púbis, e a perda de Wellington Paulista, também machucado, ainda no começo da partida, poderiam indicar que o poder ofensivo do Cruzeiro tinha acabado ali. Puro engano. O duelo do primeiro tempo foi um típico jogo de ataque (azul) contra defesa (tricolor).



Aos 12 minutos, o goleiro paulista Rogério Ceni já tinha feito dois milagres. Primeiro, ao defender uma bomba em cobrança de falta de Gilberto. Pouco depois, o camisa 1 pegou um chute cruzado de Jonathan que tinha endereço certo. O São Paulo só foi reagir aos 18, mas timidamente num chute sem direção de Richarlyson.



Com mais toque de bola, os mineiros foram envolvendo o adversário e continuaram mais perto do gol. Gilberto tentou, Soares arriscou, Fabrício teve chance... E a pressão continuava. Acuado, o São Paulo tentava escapar da forte – e muitas vezes desleal – marcação cruzeirense para não entregar os pontos.



De tanto insistir, o gol saiu. E com uma colaboração do rival. Richarlyson errou uma saída de contra-ataque e Diego Renan roubou a bola. O ala rolou para Gilberto, que devolveu para o mesmo Diego completar para o gol. Impedido, Thiago Ribeiro saiu da jogada para não prejudicar os companheiros.



O primeiro tempo acabou com 1 a 0 para o Cruzeiro, mas com 3 a 1 no placar de chances reais de gol. Na volta do intervalo, porém, o São Paulo reagiu. É verdade que a reação demorou alguns minutos e por pouco os mineiros não ampliaram. Mas bastou o técnico Ricardo Gomes trocar Hugo por Marlos para a partida mudar.



Num dos seus primeiros lances, aos 19 (três minutos após a sua entrada), o camisa 16 driblou o marcador e encheu o pé. O goleiro Fábio até conseguiu alcançar e tocar na bola, mas não evitou o gol: 1 a 1.



Melhor em campo a essa altura e percebendo a oportunidade de virada, o Tricolor foi para cima. Como o Cruzeiro também não tinha desistido da vitória, o jogo ficou aberto, com os dois times buscando o gol a cada instante.



Com Guerrón em campo, depois de pedidos da torcida, a Raposa quase fez o segundo. Aos 25 minutos, o equatoriano teve duas chances, mas parou na ótima defesa de Rogério Ceni e na eficiência da cobertura da zaga são-paulina.



Mas foi do outro lado que a rede balançou. Dagoberto alcançou um longo lançamento de Richarlyson e cruzou para Borges, que tinha acabado de entrar, desempatar.



Na próxima rodada, o São Paulo receberá o Avaí, sábado no Morumbi. Já o Cruzeiro irá a Porto Alegre enfrentar o Internacional no domingo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como visitante, São Paulo supera 2008, mas é o pior entre líderes

04/09/2009 - 18h45
Como visitante, São Paulo supera 2008, mas é o pior entre líderes
Roberta NomuraEm São Paulo
A atual campanha do São Paulo como visitante é melhor do que a obtida no primeiro turno de 2008, ano em que conquistou o sexto título do Campeonato Brasileiro. Mas os 12 pontos obtidos fora de casa até agora representam o pior desempenho entre os quatro primeiro colocados. No domingo, às 16h, a equipe do Morumbi conta com um tabu favorável contra o Cruzeiro para melhorar o panorama longe de seus domínios.
GOMES FALA SOBRE TIMES VISITANTES
O São Paulo não perde dos mineiros desde maio de 2004, em uma somatória de nove jogos. No Nacional, o São Paulo enfrentou o Cruzeiro 22 vezes como visitante e acumula 11 vitórias, seis empates e cinco derrotas. Na última partida fora de casa neste Brasileirão, a equipe de Ricardo Gomes viu o Atlético-PR frear a ascensão na competição após sete vitórias consecutivas."O Campeonato Brasileiro é muito forte, dos seis pontos que a gente estava querendo conquistar, conseguimos só um. Isso dificulta mais na briga, com certeza. A gente tem que ir atrás destes três pontos para somar quatro pelo menos em nove possíveis. Para quem quer ser campeão tem que vencer, principalmente fora de casa", disse o volante Jean, que tem atuado na ala-direita.O melhor desempenho como visitante entre os líderes até a 22ª rodada do Brasileiro pertence ao Goiás. Em 11 partidas, obteve 17 pontos. O líder Palmeiras somou 16 quando atuou fora do Parque Antarctica, enquanto o Inter possui 14 quando joga distante de seu campo. "Dentro de casa tem que fazer o dever e decidir fora. O campeonato vai se afunilando e se perder pontos agora, pode fazer diferença lá na frente", falou o zagueiro Renato Silva. A 'pressa' e a matemática do defensor não são as mesmas do técnico Ricardo Gomes. "Isso [campeonato] não vai ser decidido na próxima rodada. Equipes fortes que vão brigar até o fim". E o atual campeão São Paulo sabe melhor do que ninguém que ainda é possível uma nova arrancada, como a do ano passado que resultou no título. A equipe perdeu apenas o primeiro jogo do returno, ficou 18 jogos sem sofrer um revés e tirou uma diferença de 11 pontos do Grêmio. No primeiro turno de 2008, o São Paulo entrou em campo noves vezes como visitante e somou apenas nove pontos (33% de aproveitamento). A campanha longe de sua torcida este ano chegou a ser bem ruim, mas as vitórias sobre Grêmio Barueri, Vitória e Sport levaram o time a somar 12 pontos (40%)."Foram três vitórias nos últimos quatro jogos. Se continuarmos desta maneira aí até perde a obrigação de ganhar em casa. Mas as coisas vão ficar mais difíceis na reta final. Qualquer equipe que conseguir três vitórias sobre quatro fora vai brigar com uma certa vantagem", analisou Gomes